Sem os outros não podemos ser nós mesmos
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As Voluntárias de Dom Bosco (VDB) e a Carta de Identidade da Família Salesiana
Para descrever como o Instituto VDB vive e se relaciona com a Carta de Identidade da Família Salesiana, gostaria de citar o que é dito no artigo 8 do documento: As primeiras Voluntárias de Dom Bosco, lideradas por Padre Filippo Rinaldi, inauguraram a secularidade consagrada feminina na Família Salesiana: unidas pelos laços espirituais dos votos de castidade, pobreza e obediência, realizaram a missão salesiana em comum no contexto da família e do trabalho diário (as primeiras VDBs - então chamadas 'Zeladoras' - professavam apenas o voto de castidade).
Fazemos parte da grande Família Salesiana, mas nosso pertencimento se estende em círculos concêntricos à Igreja local em que vivemos, às realidades em que trabalhamos e ao mundo em que vivemos com um evangélico espírito crítico. Inaugurar a secularidade consagrada feminina é uma tarefa que exige que mantenhamos esta nossa especificidade sempre presente, alimentada por nossa consagração batismal comum, vivendo nossa consagração na luz aparentemente "obscura" de nossa reserva, que, se não nos permite revelar a todos nossa identidade de mulheres consagradas, não nos isenta de nos sentirmos enviadas para realizar nossa missão apostólica no contexto da família, do mundo do trabalho, das relações sociais e dos compromissos civis.
Como membros ativos da Família Salesiana, usamos os múltiplos meios que o mundo nos disponibiliza para realizar nossa consagração, os do trabalho e da cultura, da amizade e do compromisso civil, do gosto artístico, da competência profissional e das conquistas científicas, da honestidade moral tanto na esfera privada como pública, e das pequenas realidades cotidianas que dão sabor à vida; estes valores devem ser defendidos e promovidos por todos (art. 18 CIFS).
Nossa escolha de uma vida secular consagrada nos permite, como sempre recordado no artigo 18, inserir-nos em situações concretas, percorrendo os sulcos da vida cotidiana para identificar intervenções possíveis e eficazes em resposta a necessidades emergentes, e exige de nós a capacidade de ler situações com inteligência e competência, sempre inspirados nas diretrizes da Doutrina Social da Igreja.
São Francisco de Sales, que inspirou Dom Bosco a dar vida a Família Salesiana, falou de "êxtase" e, segundo a etimologia do termo, com esta expressão ele quis dizer "sair de si mesmo e ir ao encontro do outro"; é a experiência de cada uma de nós, que primeiro é atraída e conquistada por Deus, penetrando cada vez mais em Seu mistério, e depois sabendo como ir ao encontro do mundo em que escolhemos viver, compartilhando nossa vida cotidiana com o povo ao qual Deus nos coloca ao lado, e vivendo de maneira particular um dos três êxtases que São Francisco de Sales considerava, o êxtase intelectual, aquele que é o mais importante do mundo. Francisco de Sales considera o êxtase intelectual: entendido como assombro com o que Deus é, mas também maravilha com as grandes obras que Ele fez na criação e ainda está fazendo na vida das pessoas e na história humana. É um olhar que amadurece se houver espaço para meditar sobre a Palavra: é a Palavra, de fato, que abre nossos olhos e nos faz ver as coisas com o próprio olhar de Deus, permitindo-nos ser moldados pelos acontecimentos, tentando, ainda que com todas as nossas limitações, alcançar o que o Pe. Filippo Rinaldi, nosso fundador, descreveu como "contemplação operante" (art. 28 CIFS).
C.E.